domingo, 20 de novembro de 2022

ROTEIRO EPISÓDIO 1 DARK TALE PRIMEIRO TRATAMENTO

CENA 1 - INT. CAVERNA MAKHARATE - NOITE.

Tela preta. Um escuro desconfortável acompanhado de um som ambiente, o silêncio ecoa pelas paredes e gradativamente vai se escutando o som de pingo de gotas entrando em contato com a rocha sólida.

MAKHARATE XAMÃ (O.S).

[MAKHARATAN] Nan Prsterag, Shalion.
(Que tenha ínicio o Carnaval das Chamas.)

O Atrito de duas pequenas rochas gera fagulhas na escuridão. Por um momento capazes de iluminar um par de mãos monstruosas que as segura. Por uma segunda vez isso acontece. E finalmente na terceira vez a faísca é o suficiente para acender uma tocha que ilumina a escuridão.

P.V do MAKHARATE XAMÃ. Olhamos para uma parede rochosa de uma caverna, aonde pinturas rupéstres compõe aquele mural tribal. Pinturas que ilustram a história contada por uma voz rouca e selvagem.

MAKHARATE XAMÃ (O.S).

[MAKHARATAN] Shirvara Arker'ath. S'anph birer... Bew Volpuserdes yergenanth Anker virkarkat. 
(...)  

( Antes da primeira era. Na aurora da criação... Dois grandes vorazes lobos disputavam seu domínio sobre Anker. 
O Mais velho, um grande lobo de pelos escuros e olhos vermelhos, era brutal, impulsivo e maldoso.
O mais novo por sua vez, um belo lobo de pelos brancos e olhos azuis. Era uma criatura sábia, compassiva e bondosa.)

A TOHCA ILUMINA A IMAGEM DOS DOIS LOBOS SE ATRACANDO EM FIGURA RUPESTRE.


MAKHARATE XAMÃ (O.S).

[MAKHARATAN] (...)

(No momento em que o sol surgia nos céus, as criaturas se degladiavam. Em uma peleja que se estendia ao longo do dia inteiro. O resultado era sempre um mistério: Noite o lobo negro saía ensanguentado e derrotado, Noite o lobo branco voltava para sua toca mancando e lambendo suas feridas).

A TOHCA ILUMINA A IMAGEM DO LOBO PRETO SENDO ARREMESSADO PELO LOBO BRANCO.

MAKHARATE XAMÃ (O.S).

[MAKHARATAN] (...)

(Mas um dia... O Combate dos irmãos lupinos teria um final que fugiria do comum. Foi no dia das primeira tormentas cerúleas que o lobo branco arremessou seu irmão mais velho tão longe que ele caiu... Caiu em nosso mundo.).

A TOHCA ILUMINA A IMAGEM DO LOBO NEGRO ESPALHANDO DESTRUIÇÃO. ATACANDO HOMENS E MAKHARATES. SANGUE. DOR. MISSÉRIA.

MAKHARATE XAMÃ (O.S).

[MAKHARATAN] (...)

(Uma era de Caos e Morte se instaurou por Ankter, aonde o Lobo passava um rastro rubro macabro era deixado para trás.).

A TOHCA ILUMINA A IMAGEM DE HOMENS COM MANTOS VERMELHOS COM SUAS MÃOS ESTENDIDAS, DELAS PARTEM LINHAS (TAMBÉM VERMELHAS) QUE ESTÃO CIRCUNDANDO E PRENDENDO O GRANDE LOBO.

 MAKHARATE XAMÃ (O.S).

[MAKHARATAN] (...)

(Foi só após muita dor que os Filhos de Adão formaram uma nova aliança, com apoio dos sete que reinam sobre a montanha. Os Anéis Vermelhos. E após algumas tentativas frustadas... Eles finalmente foram capazes de prender o Grande Lobo Mau...).

A CAMERA SE DISTÂNCIA DA PAREDE, LENTAMENTE, GRADATIVAMENTE VEMOS A CHAMA DA TOCHA REVELANDO ROSTOS E PARTES DE CORPOS MONSTRUOSOS NA ESCURIDÃO. CRIATURAS QUE PARECEM UM HÍBRIDO DE CÃO COM LAGARTOS.

MAKHARATE XAMÃ (O.S).

[MAKHARATAN] (...)

(Eles o aprisionaram com suas feitiçarias no receptáculo, rezando para seu deus ser capaz de conter a fera. Eles comemoraram... Eles ignoraram os avisos e presságios daquele que não enxergava mas a tudo via... Eles ignoraram quando o homem das terras quentes lhes avisou sobre o frio ancestral interminável. Não deram ouvidos a profecia que dizia que quando o sol sumisse dos céus... ).

O ROSTO DE NOSSO NARRADOR É FINALMENTE REVELADO, UMA DESSAS CRIATURAS MUTANTES. COM ADORNOS TRIBAIS COMO BRACELETES, ENDUMENTÁRIAS FEITAS DE FOLHAS E OSSOS E UM COCÁR FEITO DE PENAS.
ELE ESTÁ A FRENTE DESSE MULTIRÃO CRIATURAS SEGURANDO A TOCHA E TERMINANDO DE CONTAR SUA CRÔNICA.

MAKHARATE XAMÃ.

[MAKHARATAN] (...)

(... seria o presságio de que a grande fera retornaria com sede de vingança e sangue.).

A tocha se apaga retornamos para a escuridão.

CENA 2 - EXT. FAZENDA FELD NA VILA MORGGEN. - ENTARDECER.

Vemos uma pequena casa em uma zona rural próxima a floresta. A Neve branca recobre quase toda a paissagem. Uma criança criadora de porcos está próxima ao chiqueiro da fazenda colocando a lavagem para seus animais.
Ela serve a paparrotada com cansaço e frio. Logo após faz o seu caminho de volta para casa, mas num ato de descuído deixa o portão do chiqueiro aberto, permitindo que três leitões corram para fora e vão em direção a floresta. A Criança olha assustada para a situação, e por um momento exita em ir atrás.

SENHOR FELD (O.S).

TERRANCE! Que barulho foi este?

A Voz forte vem da casa iluminada da fazenda. O Grito retumbante faz o rapaz reconsiderar suas opções. E chega a conclussão de que prefere arriscar sua sorte na floresta do que lidar com a fúria de seu pai. O pequeno TERRANCE se dirige até as matas.

CENA 3 - EXT. FLORESTA PROÍBIDA DE MORGGEN - ENTARDECER.

Arvorês secas e mortas. O Inverno anormalmente prolongado com certeza trouxe suas sequelas para a floresta. Não há sinal de vida. O garoto TERRANCE andetra indo contra todos os seus instintos!

TERRANCE.

Prático! Heitor! Cícero! Vo-voltem já!
Tô mandando!

MONTAGEM. Cria a sensação de labirinto perseguição. O Jovem terrance corre pelas matas sem saber por onde ir. Eventualmente avistando seus porquinhos e disparando em direção a eles. Os animais correm e se separam pelas matas. Terrance focado na captura de um de seus porquinhos, não se dá conta do quão fundo adentra na floresta e não nota as placas de aviso cobertas pela neve:
"RETORNE. CUIDADO. AREA PROÍBIDA", Junto ao antigo selo real de Eclipsea. 

Um dos Porcos está parado fuchicando o chão nevado próximo à um barranco. 

TERRANCE.

Te peguei fujão...

Terrance se aproxima cautelosamente se preparando para agarra-lo. O Rapaz pega impulso e salta para cima do suíno que em um último momento desvia e faz o garoto rolar em direção ao barranco caindo na...

CENA 4 - INT. TEMPLO ABANDONADO LOBREU - NOITE.

Absorvendo o impacto da queda o rapaz lentamente começa a se erguer. Observando o templo a sua volta.

M.O.S

TERRANCE.

Hã.... Aí...
Mas... O quê... É...

Sua atenção é fisgada pelo altar aonde uma esfera feita de uma vidraça negra repousa. A criança lentamente se aproxima  do altar. 

(Música sútil evoca tensão e mistério)

Antecipação começa a se montada. Conforme sons de sussurro dissoantes e sobrenaturais tomam conta da cena. Atmosfera pesa. Rapaz exita a se aproximar.

VOZ / LYCAN / LOBO NEGRO.

Olá Terry!

Mas que rapaz corajoso você é... Entrando tão fundo na mata...
Sozinho.

Por que você não se aproxima para eu poder lhe ver melhor?

Conforme a voz tece suas palavras. Focamos em Terrance numa espécie de transe, ele parece ser atraído até a esfera envidraçada. Como uma mariposa que se aproxima da luz. Seduzido ele sobe as escadas do altar até está frente a esfera. 

VOZ / LYCAN / LOBO NEGRO.

Tanta bravura! Eu estou preso aqui faz muito tempo sabe.
Esqueceram de mim e me deixaram apodrecendo nessa minúsculo encarceramento vítreo.
Mas eu sabia... sabia que algum dia um rapaz corajoso e de bom coração viria me libertar!
Você é esse Rapaz, não é Terry?

Por um minuto o transe do Rapaz se quebra. Ele olha para trás, analisando o templo, buscando uma saída.

VOZ / LYCAN / LOBO NEGRO.

Talvez possamos nos ajudar!
Se você me ajudar a me livrar da minha situação, eu lhe ajudo a sair da sua.
Você está procurando alguma coisa nessa floresta né? Talvez possamos buscar juntos?

Terrance retira a esfera de seu altar. Dentro dela uma fumaça negra e espeça oscila sobrenaturalmente. Dois olhos escarlates se abrem em meio a névoa e fitam a alma do garoto. A mão do menino é  enquadrada segurando a criatura aprissionada. Ele abre a esfera de vidro.

CENA 5 - EXT. FLORESTA PROÍBIDA DE MORGGEN - NOITE.

Terrance vaga pelas matas. Seus passos são mais estáveis e menos estabanados. Seu corporal está diferente. Os leitões se encontram mais a frente numa toca úmida, cansados de correr e provavelmente com frio, eles descansam de barriga para cima. 

TERRANCE/ LYCAN .

Danadinhos! Achei vocês!

Vemos Terrance se aproximando a toca, seu rosto sempre na penumbra ou fora de enquadramento. O Rapaz se abaixa perto dos porquinhos que aceitam os seus carinhos. Ele segura um deles em seu colo, enquanto o acarecia por debaixo do queixo. Finalmente enquadramos em seus rostos, seus olhos fechados e um sorrisso de felicidade.

TERRANCE/ LYCAN .

É o papai tá aqui.. O papai voltou.

Seus olhos abrem, revelando órbitas vermelho sangue, brilhantes e apavorantes. Seguido de um sorrisso largo e bizarro plantado na boca do garoto.

TERRANCE/ LYCAN .

E ele voltou para ficar.

Corte abrupto para uma tela preta junto a um som violento de garras afiadas penetrando em carne macia seguidos de um guinhcar suíno de desespero.

CENA 5 - EXT. FLORESTA CINABRE - DIA.


Voltamos a cena para um Cervo Vermelho de chifres curtos. Ele pasta despreocupadamente pela floresta arborizada, peculiarmente o inverno continua firme, a primavera está a pelo menos dois meses atrassadas e não parece ter previsão de chegar. A floresta de Cinabre é bonita mesmo no inverno e o Cervo se destaca na imensidão branca (Se atentar para rima Visual com Miriam futuramente com seu Capuz Vermelha) ele busca com dificuldade folhas em meio ao chão frio.

JAMES (O.S)

É senhor Cervo. Você tá com fome... Mas nós também...
O Inverno tá sendo longo para todo mundo.
Vamos ter que te levar pra casa...
levar... pra... casa...
Quando quiser...

MIRIAM (O.S)
Você pode pelo amor de tudo que é mais sagrado fechar o bico. 
Vai Ajudar bastante!

Duas figuras de capa carmesim se escondem entrem arbustos secos e arvorês. Um deles mais velho está agachado enquanto a mais nova se encontra em pé escondida atrás do tronco de uma arvorê, se esforçando para travar a mira no animal.

JAMES.
O quê vai ajudar mesmo é: Você deixar de ser cagona e atirar!

MIRIAM.
Quem você tá falando que é cag-

JAMES.
Foco.

MIRIAM.
Olha eu só to falando que um pouco de incentivo, crítica construtiva ou mesmo a porra de um elogio ocasional poderia ser mais efetiva que toda essa pressão que tu tá fazendo.

O Cervo corre para longe ao ouvir o barulho causado pela alteração de Humor de Miriam. A menina ainda tenta disparar mas acerta a copa de uma arvore.

JAMES.
E lá vai ele...

MIRIAM.
Com coisas vivas é muito mais díficil tá...
Queria ver você tentando.
Com um braço só você nem deve consegue disparar essa Besta.

Sem quebrar contato visual com a Miriam, James aponta sua besta carregada para o lado e dispara.

MIRIAM.
ainda assim num acertaria um cervo...

Surge um terceiro homem de capa vermelha que se aproxima dos dois.

CAÇADOR VERMELHO #1
James. Problemas no acampamento...

Miriam se apruma para ir tomando a frente um tanto quanto cansada. James a para com seu braço.

JAMES.
Busca minha flecha.

MIRIAM.
Mas...

JAMES.
E vai precisar disso.

Ele empurra contra o peito da menina uma faca de caça dentro de uma bainha de couro. E parte junto ao outro caçador. Miriam não entende e olha confusa para faca. Mas se dirige para o local em que a flecha foi disparada se deparando com o cervo alvejado.

MIRIAM.
Exibido...

Ela tira o facão de caça da bainha. Corte na Cena.

CENA 6- EXT. ACAMPAMENTO DOS CAÇADORES VERMELHOS - TARDE.


Miriam retornado com a carcaça do cervo em direção ao Acampamento.